Ah Alphaville!

Novembro Azul
08/11/2016

Ah Alphaville!

Proveniente de um terreno de 500 hectares comprado em 1973, era um empreendimento voltado inicialmente às indústrias não-poluentes. Foi erguido no lugar da antiga fazenda Tamboré, comprada pela construtora dos herdeiros Almeida Prado, e o processo envolveu papeladas sobre reservas indígenas e 105 posseiros, entre outros problemas. Havia outros obstáculos, como o nome, difícil e que evocava um filme do cineasta francês Jean-Luc Godard, e a falta de vocação do lugar, que não se sabia se seria um loteamento de casas de campo para finais de semana ou um lugar para se morar, mais afastado da cidade.

A implantação deu-se com as vendas de lotes na década de 1970, primeiramente a proprietários e executivos de empresas que ali se instalavam, como a: HP, Sadia, Du Pont eConfab. O projeto original de Takaoka era construir um centro empresarial em torno da sede brasileira da Hewlett Packard, com um núcleo de comércio, mas depois surgiu a ideia de construir casas para os funcionários da HP, depois para funcionários das outras empresas e, finalmente, para quem quer que fosse. “O resultado é que em dez anos fizemos uma minicidade”, declarou Takaoka à revista Veja em São Paulo em 1986.

Devido à necessidade de moradia dos executivos dessas empresas houve, em 1975, o lançamento do AlphaVille Residencial. Assim nascia o embrião do conceito AlphaVille de ocupação ordenada. A instalação de uma multinacional mudou o conceito e até o nome de AlphaVille, que passou de AlphaVille Centro Industrial para AlphaVille Centro Industrial e Empresarial.

Alameda do bairro nobre.

Com o passar do tempo percebeu-se que era mais rentável a venda residencial do que a empresarial, sendo construídos outros Residenciais, designados com números. O primeiro se chamou Residencial 1, e assim por diante.

No início da década de 1980, era possível comprar terrenos no condomínio pelo preço de um carro, mas a valorização em 1986 já tornava essa comparação obsoleta, embora esse aumento não tenha afastado novos moradores, tanto é que imóveis eram comumente vendidos no máximo uma semanas depois de ser listados e apenas no lançamento do Alphaville 10 foram vendidos duzentos dos setecentos lotes colocados à venda. Muita gente dizia que se mudava para lá por causa das crianças. Havia poucas, mas rígidas regras: era proibido instalar casas pré-fabricadas nos terrenos dos condomínios, o que ajudou a afastar a ideia de loteamento de fim de semana, e cada quadra não podia comportar mais de 22 casas, com recuo obrigatório de quatro metros na frente, para o jardim. A associação dos Moradores funcionava como poder público e era quem liberava o Habite-se.

Na mesma década o bairro verticaliza-se por causa da grande demanda imobiliária, onde mudaram-se profissionais liberais e altos funcionários de empresas da região, antigos moradores da cidade de São Paulo.

Fonte. Wikipedia

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